A SINDUNESPAR – Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná – declara seu apoio aos trabalhadores terceirizados e aos colegas do Campus de Curitiba II (FAP) que paralisaram suas atividades acadêmicas, esperando que a situação seja resolvida e as condições de trabalho sejam restabelecidas.
Nosso sindicato entende que a política de terceirização, especialmente quando incide sobre serviços especializados, contribui para o sucateamento do sistema estadual de ensino superior. As condições oferecidas aos serviços terceirizados são instáveis, o que funciona como entrave para que a qualidade das universidades se consolide. Sabemos também que, neste processo, “a corda arrebenta do lado mais fraco”: empresas e governo saem ilesos e o trabalhador acaba por ser penalizado. Levando em conta o quadro atual, em que muitos serviços essenciais são terceirizados, o mínimo que se espera é que as condições oferecidas a estes trabalhadores sejam dignas e estáveis. E isto não se alcança sem a regularização e a estabilidade nos repasses de custeio às IEES.
Nas duas greves deflagradas no início deste ano, o governo acenou com diversas promessas no sentido de resolver as reais necessidades de custeio da instituição. O que se afigura, depois de meses, é um cenário bem diverso. Recentemente, o Campus de Paranaguá (FAFIPAR) enfrentou uma paralisação dos serviços terceirizados. Agora é a vez do Campus de Curitiba II (FAP), com atividades suspensas por falta de serviços básicos. E sabemos que outras unidades da Unespar também têm débitos atrasados com empresas terceirizadas, como é o caso dos campi de União da Vitória (FAFIUV) e Curitiba I (EMBAP), por exemplo.
O que se tira de lição, nestes casos, é que a mobilização das diversas categorias não pode arrefecer. A defesa do sistema estadual de ensino superior depende de trabalhadores atentos e dispostos a lutar por boas condições de trabalho.
Contem com nosso apoio. Força na luta!