Em 19 de junho, todas as universidades estaduais paranaenses já tinham suspendido o movimento grevista e retornado às atividades. Mais de três meses depois, ainda não há contraproposta oficial ao Plano de Carreira dos docentes, somente indicativos apresentados em reunião (14/09) às seções sindicais pela Seti e Casa Civil. O que temos é apenas uma enormidade de desencontros e compromissos não confirmados. DESORGANIZAÇÃO OU MÁ VONTADE DELIBERADA?
Nesta reunião realizada em 14/09, o secretário afirmou que esperava que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) concluísse os cálculos do impacto financeiro, bem como indicasse as fontes geradoras dos recursos, e que nesta semana os apresentaria formalmente aos sindicatos docentes. Porém, mais uma vez, nada. NADA!
Há mais de 7 anos que o governo do Paraná não cumpre a lei da data-base e, excetuando algumas migalhas aqui e ali, praticamente não fez a reposição das nossas perdas salariais. Para piorar, em meio à pandemia, quando a emergência sanitária dificultou a organização e aluta, diversos direitos dos funcionários públicos foram suspensos. Sim, PERDA DE DIREITOS!
De lá para cá, o governo economizou muito dinheiro à custa dos funcionários públicos. No caso dos docentes das IEES paranaenses, foram cerca de dois bilhões de reais. Portanto, não é preciso muito empenho para saber que a dívida é imensa e os docentes da suniversidades têm muito crédito a receber do governo do estado. Pois é, DÍVIDA NÃO PAGA!CALOTE!
Os docentes estão profundamente descontentes e desconfiados ante um governo que tem se mostrado alheio às suas demandas salariais mais elementares. O DESCONTENTAMENTO É GERAL.
Hoje, o secretário da Fazenda do Paraná, Renê Garcia, apresentou a situação financeira do estado. Como ele mesmo enfatizou, ela está ótima. A pedido do CEG, o deputado Arilson Chiorato questionou o secretário sobre os cálculos da Sefa referentes aos impactos do Plano de Carreira Docente e os prazos de finalização (veja o questionamento a partir do 4’50″no YouTube). As respostas foram: “os cálculos não terminaram ainda, estamos aperfeiçoando” e, sobre os prazos, “acredito que até o início de outubro”!
Ou seja, sem nenhum compromisso efetivo ou responsabilidade concreta!
Diante disso, o CEG enviou novamente ofício à Seti, Apiesp e Sefa solicitando reunião para cobrar o trâmite urgente do Plano de Carreira Docente. URGÊNCIA!
Na próxima segunda-feira (02/10), membros do CEG estarão novamente em Curitiba com agenda na Alep e na Seti para tratar do assunto.
15 de outubro é o dia do (a) Professor (a). Valorizar o (a) professor (a) é, sobretudo, reconhecer o mérito de seu trabalho, não defasar salário e desvalorizar a carreira. Para mudar essa situação, exigimos do governo que encaminhe o Plano de Carreira para votação na Alep e a sua urgente implantação.
Plano de Carreira Docente JÁ!!!