Nesse início de ano letivo, a diretoria da SINDUNESPAR teve conhecimento que a UNESPAR não está pagando as novas solicitações de progressões e promoções dos docentes e de que ainda não há previsão de quando elas serão pagas. Direitos do servidor, as progressões e promoções garantem o desenvolvimento dentro da carreira, são vitais para a valorização do professor e estimulam a dedicação ao magistério do ensino superior público do Estado. Atualmente, contabilizam-se seis professores que estão sem receber a promoção (mudança de uma classe para outra) e treze que não receberam a progressão (ascensão internível dentro de uma mesma classe).
Ataque aos nossos direitos, o não pagamento de progressões e promoções soma-se aos atos de desmonte da universidade pública que vêm ocorrendo sistematicamente. Além disso, tal fato demonstra a falta de tratamento isonômico entre as IEES, uma vez que àquelas que têm autonomia para gerarem sua folha de pagamento estão cumprindo suas obrigações para com esses direitos dos docentes.
A retirada da UNESPAR do Sistema RH Paraná – Meta 4 foi uma pauta que a SINDUNESPAR conseguiu incluir no acordo de greve de 2015, reafirmada ainda em tratativa das seções sindicais do ANDES com o secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, com o Secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes e com o líder do governo na Assembleia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli durante a greve de 2016.
Há muito tempo a SINDUNESPAR vem denunciando que a manutenção da UNESPAR nesse sistema e a inclusão nele das outras IEES poderia levar a uma situação de suspensão de direitos e a uma disputa entre reitores por recursos, inaugurando também uma fase de lutas específicas dos sindicatos contra as reitorias das universidades.
Diante disso, a SINDUNESPAR e as demais seções sindicais do ANDES no Paraná (ADUNICENTRO, ADUNIOESTE, SESDUEM E SINDUEPG) exigem da reitoria da UNESPAR um posicionamento sobre seu efetivo papel em retirar a universidade do Sistema RH Paraná – Meta 4 e explicações sobre o que será feito para reverter a atual situação de não pagamento de progressões e promoções.
A diretoria da SINDUNESPAR avalia ainda a possibilidade de realizar assembleias nos campi nos próximos dias para discutir a situação e organizar ações para enfrentar tais ataques
Curitiba, 13 de fevereiro de 2017