Os ataques do governo as universidades estaduais continuam. Agora, eles atingem as contratações de professores do Regime Especial.
O Ofício CEE/CC 995/17 comunica que das 8.942 horas solicitadas para a contratação de professores em Regime Especial, a UNESPAR teve autorizadas somente 3.262 horas.
A diferença entre a solicitação e a autorização corresponde a 5.680 horas, que transformadas em números de professores (RT40) indicam que 142 professores em Regime CRES deverão ter seus contratos interrompidos. O quantitativo de 3.262 horas autorizadas não é suficiente nem mesmo para substituir as 100 vacâncias (4.000 horas), que a universidade vem acumulando, desde 2014.
A Unespar é a universidade mais jovem do sistema de ensino superior estadual e, desde sua criação, não recebeu nenhuma vaga de expansão. Tendo que implantar seu quadro de gestão superior e Pró-reitorias com contingente exíguo de professores e agentes universitários que possuía.
Além disso, para a manutenção do credenciamento, junto ao Conselho Estadual de Educação, a Unespar tem o compromisso de instalar cursos de pós-graduação stricto sensu. Com muito esforço de docentes e gestores, foram aprovados pela CAPES e instalados 04 (quatro) programas de mestrados, cuja implantação depende dos docentes, em produção, aulas e orientações.
Os maiores prejudicados serão os estudantes e em consequência a sociedade paranaense. A ação da SEFA representa mais um ataque à autonomia universitária e se configura como um desmonte do ensino público e gratuito.
A Sindunespar se coloca contra as medidas sistemáticas do governo de prejudicar o Ensino Superior Público, Gratuito e de Qualidade. Conclama ainda, professores, servidores e acadêmicos para se manifestar denunciando a medida.