Nesta sexta-feira, dia 30 de junho, trabalhadores de todo o Brasil realizam a segunda Greve Geral neste ano em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista, em curso no Congresso Nacional, pela revogação da Lei das Terceirizações, e para exigir a saída do Michel Temer da presidência da República.
A Greve Geral terá duração de 24 horas e foi convocada em unidade por todas as centrais sindicais brasileiras. A primeira paralisação ocorreu no dia 28 de abril e foi considerada vitoriosa pelas centrais.
A base da Sindunespar definiu em assembleia geral no dia 14 de Junho por se juntar aos movimentos sociais e centrais Sindicais. Haverá ações em todas as cidades onde há sindicalizados a seção sindical.
Já no dia 30 de junho, além de parar o país, os trabalhadores participarão de manifestações e piquetes. Recomenda-se, excetuando casos de urgência, não ir a nenhum supermercado, farmácia, padaria, açougue, restaurante, shopping, lojas, bancos, lotéricas, academias, escolas, universidades, ou cursos de qualquer espécie. Também não marcar consultas para essa data, não abastecer seu veículo, não comprar nenhum móvel, eletrodoméstico, eletrônicos.
A manifestação deve reunir, além da categoria docente, os mais diversos setores como aeroviários, rodoviários, portuários, metroviários, servidores públicos, professores, metalúrgicos, construção civil, trabalhadores da saúde, jornalistas entre tantas das categorias das esferas pública e privada.
Em reunião realizada em São Paulo (SP) nos dias 9, 10 e 11 deste mês, a Coordenação da CSP-Conlutas reafirmou a unidade entre as centrais, sindicatos, entidades para a próxima Greve Geral. Na resolução política do encontro, ficou determinado que a Greve Geral seja construída em cada local de trabalho, estudo e moradia, para que seja ainda maior que a realizada no mês de abril.
Na ocasião, o calendário de mobilizações para o dia 30 de junho foi reforçado. As entidades devem intensificar a pressão junto aos parlamentares para que estes votem contra as reformas da Previdência e Trabalhista; as centrais sindicais devem organizar reuniões com os senadores, que compõem as comissões de análise dos projetos em curso; e que as categorias realizem assembleias e debates sobre a conjuntura, além da construção e fortalecimento dos comitês.
Na reunião, também, foi discutida a situação político-econômica da América Latina e os reflexos das contrarreformas da Previdência e Trabalhista, caso sejam aprovadas, nos setores mais oprimidos da sociedade brasileira.