Hoje, 15 de outubro, comemoramos o Dia da Professora e do Professor, uma data que celebra pessoas cuja profissão implica em dedicar suas vidas à prática de educar, formar ‒ científica, filosófica e, muitas vezes, moralmente ‒ crianças, jovens e adultos que, de um modo ou de outro, levarão esses saberes e experiências para diversos âmbitos de suas vidas ‒ e por toda ela. Eis a grande responsabilidade que nos é delegada.
Essa responsabilidade, no entanto, não tem obtido correspondência no tratamento do governo estadual à categoria. Enquanto professoras e professores do ensino superior estadual enfrentam mais de 47% de arrocho salarial e precarização das condições de trabalho, além das consequências do ataque sistemático à autonomia universitária, o discurso oficial se limita a frases vazias sobre “reconhecimento” e a propaganda enganosa para a população.
Como sabemos, Ratinho Jr. e seus asseclas tratam a parte do orçamento estadual destinada à educação pública paranaense como um custo, um problema, não como investimento para o desenvolvimento do estado. Por isso, o governo estadual é incansável na proposição de políticas que arrocham salários e desvalorizam a categoria.
Neste Dia da Professora e do Professor, onde está a nossa reposição salarial? O que foi feito da valorização da nossa carreira? Onde está o respeito à autonomia universitária? Para além do palavrório vazio, onde estão as vozes do secretário da Seti, do presidente da Apiesp e das reitorias em defesa da categoria?
Com tantas forças contrárias ou inertes ante os problemas que assolam a categoria docente, urge transformar essa data comemorativa numa data de luta.
– Parabéns às e aos docentes que trabalham e lutam por uma educação melhor!
– Só a luta muda a vida!
– Juntos somos mais fortes!