Foi por meio da luta de trabalhadoras e trabalhadores que foram conquistados vários direitos, como: menor jornada de trabalho, férias remuneradas, previdência social universal, educação pública e gratuita, sistema universal de saúde, salário mínimo, direito à greve e à organização sindical, etc. Foi com greves, passeatas e até com derramamento de sangue que a classe trabalhadora conquistou tudo isso.
Depois de um hiato por causa da pandemia de Covid-19, que, até o momento, já vitimou mais de 600 mil pessoas no Brasil, precisamos retomar a organização e luta de nossa categoria de docentes das universidades públicas do Paraná. Foi com ela que conseguimos reposições salariais (hoje nossa defasagem é de cerca de 30%), abertura de concursos públicos (que não são feitos desde 2015) e, mais recentemente, barrar a Lei Geral das Universidades (LGU), após a realização de seminários estaduais que rechaçaram completamente a proposta de Aldo Bona, superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.
Apesar da aparência de modernidade, o governador Ratinho Jr. vem promovendo uma série de retrocessos dignos de seu correlato federal, o presidente Jair Bolsonaro. Além da falta de diálogo, de concursos, de reposição salarial e dessa proposta de Lei Geral das Universidades, o Paraná é linha de frente na implementação de pautas bolsonaristas como a militarização de escolas públicas, a obrigatoriedade do retorno 100% presencial na educação básica e o “homeschooling”.
Mesmo com inflação em alta e quase 30% de defasagem salarial, a previsão orçamentária enviada pelo governador Ratinho Jr. à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) não prevê a data-base para 2022. 0%!!! Enquanto isso, renúncias fiscais de R$ 17 bilhões para os amigos e apoiadores do governo. E tem mais: a informação que temos é que a LGU deve ser enviada ainda em outubro para ser votada na Alep, novamente às escuras e, provavelmente, com regime de urgência.
Conhecendo a tradição paranaense de truculência com servidoras e servidores públicos, em especial professoras e professores, que vem desde a cavalaria de Álvaro Dias, em 1988, passando pelo massacre de 29 de abril de 2015, comandado por Beto Richa, até, em dezembro de 2019, já no governo Ratinho Jr., a votação da Reforma da Previdência Estadual, na Ópera de Arame, com forte aparato policial, devemos ficar atentos para mais esse ataque à carreira docente e, mais que isso, à universidade pública, gratuita, laica e de qualidade.
Precisamos retomar a luta para barrar a sequência dos retrocessos! Juntos somos mais fortes!
• Em defesa da educação pública, gratuita, laica e de qualidade!
• Pela reposição salarial integral!
• Não à Lei Geral das Universidades!
Dia 15 de outubro, lembrem-se e somem-se às nossas lutas!
Comando Sindical Docente