Ratinho Júnior, Jair Bolsonaro e a grande imprensa privada brasileira concordam que quem deve pagar pela crise do novo coronavírus é a classe trabalhadora brasileira. Não podemos aceitar que a classe trabalhadora, já em condições precárias, mais uma vez, pague pela crise. Precisamos de união dos trabalhadores e não aceitar a retirada de direitos, a redução de salários e demissões, enquanto se destinam bilhões aos bancos e às grandes empresas privadas.
O Governador do Paraná, Ratinho Junior, que tem uma política sistemática de precarização dos serviços, da educação, da saúde, desferiu na data de ontem (27), mais um ataque aos direitos trabalhistas dos servidores públicos com o Decreto n.º 4385/2020. Com o Decreto, suspende-se progressões e promoções da carreira do servidor, mesmo as já autorizadas e não implementadas, sob o argumento de combate à pandemia do COVID-19.
A única exceção são as despesas previstas em orçamento da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP). Entretanto, não houve acréscimo algum de orçamento para os servidores da SESA. Outras hipóteses de exceção serão analisadas pelo Governador.
Não podemos aceitar mais ataques aos trabalhadores brasileiros e aos serviços públicos. São os servidores públicos que estão na linha de frente para defender toda sociedade nesta grave Pandemia de COVID-19. Os governos devem parar de priorizar os lucros de bancos e de grandes empresas e investir as riquezas geradas pelos trabalhadores no cuidado e na defesa das vidas humanas. Os governos devem priorizar salvar vidas e dar apoio àqueles que ajudam a salvar as vidas. Basta de priorizar os banqueiros e os grandes empresários com os recursos públicos.
Não aos ataques de Ratinho Júnior aos servidores públicos!
A vida acima dos lucros privados!
Diretoria da Sindunespar, Paraná, 28 de março de 2020.