Nota de apoio e solidariedade aos posseiros do Engenho Barro Branco no município de Jaqueira – PE

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná (Sindunespar) se solidariza com os camponeses da região Mata Sul de Pernambuco que têm sofrido inúmeras violências como ameaça de morte, envenenamento de águas, destruição de roças. Trata-se de posseiros que se encontram instalados na região há muitos anos e lutam pela posse das terras necessárias para sua subsistência. O engenho integra a massa falida da Usina Frei Caneca, cuja trajetória é marcada pela escravidão e acúmulo de dívidas com os trabalhadores. Ao invés das terras serem expropriadas e entregues aos camponeses, foram arrendadas para a Agropecuária Mata Sul, que segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e os próprios posseiros, tem aterrorizado as famílias camponesas.

Segundo o relatório Conflitos no Campo 2023, da Comissão Pastoral da Terra, o município de Jaqueira ocupa o sétimo lugar, no Brasil, em número de conflitos agrários.

No dia 18 de setembro, uma agente pastoral da CPT foi sequestrada, agredida e ameaçada de morte. No dia 28 de setembro, uma estudante de Pedagogia da UFPE (Universidade Federal de Pernanbuco), que integra o comitê de solidariedade aos posseiros de Barro Branco foi baleada no pé, assim como dois camponeses.

A Sindunespar repudia com veemência a postura das oligarquias locais que aterrorizam os camponeses e ameaçam sua manutenção na área que garante a sobrevivência de inúmeras famílias.

PELA DIREITO À REFORMA AGRÁRIA!
PELA PERMANÊNCIA DOS POSSEIROS DO ENGENHO BARRO BRANCO!

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