Nota da Sindunespar sobre o Retorno Presencial

Antes de tudo, é preciso dizer que o ensino presencial é insubstituível para o verdadeiro ato de educar. Nenhuma tecnologia de comunicação conseguiu, ainda, superar as virtudes da prática educativa dada, presencialmente, nos espaços acadêmicos. As formas remotas que a universidade estabeleceu para manter suas atividades acadêmicas funcionando, nos anos 2020 e 2021, foram emergenciais e provisórias, com o intuito de contribuir com a saúde coletiva, minimizando os impactos das contaminações do coronavírus, e de manter o seu alunado (que, diga-se, tem origem principal nas classes populares) vinculado à universidade pública e gratuita.

A vacinação em massa da população brasileira foi fundamental pela melhoria expressiva do cenário pandêmico, no final do ano de 2022, e criou em todos a expectativa do retorno gradual e seguro às atividades presenciais no ano de 2022.

Entretanto, o surgimento de uma nova variante (a Ômicron) que se espalhou pelo mundo numa rapidez jamais vista na história da virologia, alterou a situação epidemiológica, produzindo os maiores casos de contaminações e infecções de toda a pandemia! Os cientistas que acompanham a situação (nossos colegas de profissão) não hesitam em afirmar que essa situação tende a piorar nas próximas semanas, justamente na semana em que a Unespar havia programado o retorno presencial de alguns de seus cursos.

Considerando todo esse quadro, a diretoria da Sindunespar, embora reconheça a extrema importância do ensino presencial para uma formação de qualidade, considera, neste momento, completamente descabida a manutenção da Resolução Nº 046/2021 do CEPE que estabeleceu as diretrizes de retorno às atividades presenciais, a partir de 02 de fevereiro de 2022. O retorno presencial precisa ser adiado, caso contrário, colocaremos em risco os membros da comunidade universitária e, ainda, contribuiremos para o agravamento da pandemia no Paraná.

Por fim, é preciso que se diga que as universidades não têm culpa da péssima gestão da pandemia no País (em muitos casos houve, por parte das autoridades, deliberada opção pela intensificação das contaminações) e da absoluta falta de prioridade que se deu ao retorno das atividades educativas presenciais ao longo de toda a pandemia.

Juntos somos mais fortes!

Diretoria da Sindunespar

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